Conheça 3 obras japonesas inspiradas no cenário brasileiro
Michiko e Hatchin
Em uma dessas misturas de culturas entre o Brasil e o Japão, existe o anime Michiko e Hatchin, dirigida por Sayo Yamamoto com o estúdio Manglobe. O anime lançado em 2008 tem 22 episódios disponíveis e se passa no país fictício da América do Sul, Diamandra. A história segue Michiko Malandro que foge da prisão e sequestra a filha de seu ex-namorado, Hana Morenos, e lhe dá o apelido de “Hatchin”.
Hatchin estava também com seus pais adotivos abusivos, então ao sequestra-la, de alguma forma também a salva. As duas então partem para a fuga enquanto são procuradas pela polícia e os “pais” Hatchiko. O anime tem paisagens bem semelhantes ao Brasil, mais especificamente ao Rio de Janeiro com os morros e praias – além da trilha-sonora que é uma mistura de bossa-nova e samba.
Também é possível perceber que muitos dos sobrenomes das personagens são palavras em português ou sobrenomes comuns do país, como Michiko Malandro, Satoshi Batista, Pepê Lima, Gino Costa, e nomes como Nuno e Maçã. Enquanto ainda estava em pré-produção, Yamamoto e sua equipe visitaram o Brasil, passando pelas cidades do Rio de Janeiro, Olinda e Recife, então pode-se ver muitas paisagens que remetem essas cidades. Michiko e Hatchin está disponível na Crunchyroll e na MUBI.
Kami no Caveira
O mangá “Kami no Caveira ( caveira de Deus), da autora Amase Shiori, utiliza o gênero policial brasileiro como ponto de partida para explorar as interações culturais entre Japão e Brasil. Shiori constrói uma estética transcultural combinando elementos simbólicos e valores desse gênero com o estilo narrativo japonês.
O resultado é uma obra visual que reconfigura o universo das favelas cariocas dentro do contexto japonês e introduz um espaço liminar, no qual conceitos de violência e justiça são reinterpretados.” A mangaká conta que sua primeira memória do BOPE foi quando assistiu ao filme Cidade de Deus, e que costumava perguntar sobre curiosidades militares para colegas de equipe, a fim de aprender mais sobre o assunto.
Amase também comenta que ouve reggae e músicas latinas há muito tempo, incluindo canções brasileiras, e afirma gostar de “O Rappa”, recomendando a banda para seus leitores. Ambientada no Rio de Janeiro, a obra conta a história de Tobias, um jovem rapaz que ao tornar-se adulto, entra para o BOPE devido ao seu forte senso de justiça.
O mangá foi publicado pela revista Young Jump, que é voltada para o público adulto, o que permitiu contar histórias com um conteúdo mais denso e pesado, como é o caso de Kami no Caveira, que em muitas cenas, retrata troca de tiros, tráfico de drogas, invasão a comunidades, entre outros assuntos.
Mangaká da Favela
Outro mangá que também entra nessa lista e ganhou fama recente é chamado “Mangaká da Favela”, de Hagimoto Souhachi e Taruro Minoru, que começou a ser publicado na Comic Howl Web. O título em português não é à toa, afinal, a obra tem um protagonista brasileiro. Ele conta a história de Hiroto, um autor de mangá japonês que viaja ao Brasil e para acidentalmente em uma comunidade. No meio de uma confusão, ele encontra João, um garoto brasileiro cujo sonho é ser autor de mangá. Os dois se unem para realizar esse sonho. A temática já chamou a atenção dos brasileiros.
Com a popularidade, Souhachi Hagimoto, que é responsável pela história, decidiu traduzir alguns capítulos para português brasileiro. Hagimoto reforça que a tradução não é oficial, portanto ainda está incompleta. Atualmente, a obra está disponível no Comic Howl Web, da Ichijnsha, e a editora trabalha para publicar uma edição em português. Os dois primeiros capítulos de Mangaká da Favela são intitulados “Ovos em São Paulo” e “A cidade de Nitro”. Vale lembrar, Hagimoto é responsável pela história e Minoru Taruro pela arte.
Confira também:
BLUE LOCK: SEGUNDA TEMPORADA DECEPCIONA FÃS
RANMA 1/2 ESTÁ DE VOLTA!
One thought on “Conheça 3 obras japonesas inspiradas no cenário brasileiro”