John Wick, 10 anos de sucesso e o que isso tem a ver com o roteirista

John Wick, 10 anos de sucesso e o que isso tem a ver com o roteirista

A franquia “John Wick” se destacou como uma das mais inovadoras e bem-sucedidas no cinema de ação moderno, redefinindo regras e elevando padrões do gênero. Desde seu lançamento, há dez anos, os filmes não apenas capturaram a imaginação do público com suas cenas de ação coreografadas de maneira impecável, mas também construíram um universo narrativo rico e envolvente. Para roteiristas, “John Wick” oferece uma infinidade de lições valiosas, desde a criação de personagens memoráveis até o desenvolvimento de um mundo ficcional que prende a atenção do espectador. Este artigo explora o que os roteiristas podem aprender com essa franquia de sucesso, destacando técnicas de narrativa que podem ser aplicadas para criar roteiros cativantes e inovadores. Ao mergulhar nas estratégias que fizeram de “John Wick” um fenômeno global, os escritores podem encontrar inspiração para aprimorar suas próprias obras e deixar uma marca duradoura na indústria cinematográfica.

Clareza na Ação

Uma das características que faz “John Wick” se destacar no gênero de ação é a clareza e a precisão de suas cenas de ação. Ao contrário de muitos filmes que dependem de cortes rápidos e montagem frenética, a franquia permite que cada movimento seja visto com nitidez. Para roteiristas, isso significa a importância de descrever cenas de ação de maneira que o público possa acompanhar facilmente o que está acontecendo. Detalhar sequências de ação de forma clara e coerente não apenas melhora a compreensão, mas também aumenta o impacto visual e emocional da cena. Roteiristas devem focar em transmitir a coreografia e a estratégia de combate de forma que o leitor consiga visualizar a cena sem esforço.

Construção de Mundo

“John Wick” não se limita a contar uma história de vingança; ele cria um universo próprio, cheio de detalhes e regras únicas. Elementos como a alta cúpula dos assassinos e a moeda exclusiva do submundo do crime acrescentam profundidade e fascínio à narrativa. Para roteiristas, a construção de um mundo envolvente é crucial. Isso envolve pensar em todos os aspectos do ambiente em que a história acontece, desde as regras sociais até os pequenos detalhes culturais. Criar um mundo coerente e consistente ajuda a capturar a imaginação do público e a oferecer uma experiência imersiva.

Arco do Personagem

John Wick é um personagem que não apenas sobrevive a intensas cenas de ação, mas também lida com profundas perdas pessoais, o que acrescenta camadas ao seu desenvolvimento. Esse equilíbrio entre ação externa e conflito interno é essencial para criar personagens complexos e empáticos. Roteiristas podem aprender a desenvolver arcos de personagens que evoluem ao longo da história, permitindo que suas experiências e desafios moldem suas trajetórias. Isso fortalece a conexão emocional com o público, que passa a torcer por suas vitórias e redenções.

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Mistura de Gêneros

A franquia “John Wick” é um exemplo brilhante de como misturar gêneros pode resultar em uma narrativa rica e multifacetada. Elementos de ação são combinados com drama emocional e mitologia, criando uma experiência única e inovadora. Roteiristas podem utilizar essa abordagem para explorar diferentes nuances em suas histórias, enriquecendo a narrativa e surpreendendo o público. A combinação de gêneros permite que a história atinja uma audiência mais ampla e mantenha o interesse em alta ao longo do tempo.

Importância de um Protagonista Forte

O sucesso de “John Wick” é inegavelmente ligado ao seu protagonista carismático e determinado. John Wick é uma força central que guia a narrativa, e sua presença forte e bem definida serve como âncora para a série. Roteiristas devem focar em criar protagonistas memoráveis, com características únicas que os tornem irresistíveis para o público. Um protagonista bem construído não só atrai a audiência, mas também oferece uma base sólida para o desenrolar dos eventos da história.

Economia de Exposição

Em “John Wick”, informações sobre o mundo e os personagens são transmitidas de maneira eficiente através de diálogos e ações, evitando exposições longas e desnecessárias. Esse método de economia de exposição mantém o ritmo do enredo ágil e envolvente. Roteiristas podem aprender a dosar a quantidade de informações que revelam, garantindo que o público tenha o suficiente para seguir a história sem se sentir sobrecarregado ou entediado.

Uso de Tensão e Suspense

A franquia mantém a atenção do público através de uma tensão constante e bem calculada. Integrar elementos de suspense em um roteiro pode intensificar o impacto emocional e aumentar o envolvimento do espectador. Ao criar cenários onde o desfecho é incerto, roteiristas conseguem prender o público, que se sente compelido a acompanhar a narrativa até o fim.

Respeito pela Audiência

“John Wick” não subestima a inteligência do público, optando por apresentar cenas de ação complexas sem diluir a narrativa. Essa abordagem respeita a capacidade do público de absorver e interpretar as nuances da história. Roteiristas podem se inspirar a confiar mais na audiência, criando histórias que desafiem e recompensem a atenção e a percepção do espectador.

Evolução de Narrativa

A transição de “John Wick” de um simples filme de vingança para uma saga de mitologia sofisticada demonstra como expandir uma narrativa de maneira orgânica. Roteiristas podem aprender a permitir que suas histórias cresçam e se desenvolvam naturalmente ao longo do tempo, introduzindo novos elementos e expandindo o universo sem perder a essência original. Isso não apenas mantém o interesse do público, mas também enriquece a trama com novas possibilidades e direções.

Conclusão

A franquia “John Wick” oferece um rico tesouro de insights para roteiristas que buscam elevar suas habilidades narrativas. Ao explorar a clareza na ação, a construção de um mundo único e a elaboração de arcos de personagens complexos, os escritores podem se inspirar na maneira como esses elementos se harmonizam para criar uma narrativa envolvente. A mistura de gêneros e a economia de exposição demonstram como inovar e manter o enredo ágil, enquanto a importância de um protagonista forte e o uso de tensão e suspense destacam a necessidade de capturar e manter a atenção do público. Ao respeitar a inteligência da audiência e permitir uma evolução narrativa orgânica, “John Wick” exemplifica como uma história pode crescer e se adaptar, mantendo sua essência original. Convidamos os roteiristas a refletirem sobre essas lições e a aplicá-las em seus próprios projetos, criando obras que não apenas entretêm, mas também ressoam profundamente com os espectadores. Compartilhe suas experiências e insights sobre como a franquia “John Wick” influenciou seu processo de escrita nos comentários abaixo.

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