Como Vingadores: Doomsday e Guerras Secretas podem salvar o MCU (e trazer um recomeço épico)
A Marvel está preparando o terreno para algo grande. Depois de altos e baixos nas Fases 4 e 5, o estúdio quer reconquistar o público com dois eventos cinematográficos que prometem redefinir o universo compartilhado: Vingadores: Doomsday e Vingadores: Guerras Secretas. Com o retorno de grandes nomes e a chance de começar tudo de novo, o MCU pode finalmente encontrar seu novo caminho.
O fim (definitivo?) de uma era
Desde Vingadores: Ultimato, a sensação era de que a saga dos Heróis Mais Poderosos da Terra havia chegado ao clímax. E, de certa forma, chegou. Mas após a pandemia, séries no Disney+ com recepção mista e filmes que não empolgaram o público como antes (Eternos, As Marvels, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania…), a Marvel precisou recorrer ao que sabia que funcionava: a nostalgia.
De acordo com o site ComicBook, Vingadores: Doomsday contará com o retorno dos Irmãos Russo na direção e de ninguém menos que Robert Downey Jr. como Tony Stark. Sim, ele está de volta para um último ato! E esse movimento parece fazer parte de uma estratégia maior, que culminará em Vingadores: Guerras Secretas — adaptação de uma das sagas mais ambiciosas dos quadrinhos, onde universos colidem e tudo pode recomeçar.
Guerras Secretas: a reinicialização que a Marvel precisa?
Vingadores: Guerras Secretas pode ser o reboot não-oficial do MCU. A trama, inspirada na HQ de Jonathan Hickman, mistura realidades alternativas em uma espécie de universo colado com fita adesiva multiversal, no qual só os mais fortes sobrevivem. A ideia é simples: encerrar narrativas, renovar o elenco e abrir espaço para novas histórias — sem o peso de 20 anos de continuidade.
De acordo com o ComicBook, a produção deve contar com o maior crossover já feito pela Marvel, reunindo nomes das franquias dos X-Men da Fox, atores do passado e do presente, além de possíveis recasts para personagens clássicos, como o próprio Homem de Ferro e até Victor Von Doom, o vilão que dará trabalho em Vingadores: Doomsday.
A expectativa é que os filmes custem entre US$ 300 a 400 milhões cada um — um dos maiores orçamentos da história do cinema. O elenco ainda está sendo mantido em segredo, mas especula-se que nomes como Hugh Jackman, Tobey Maguire e Andrew Garfield estejam envolvidos. Já Tom Holland voltará em Spider-Man: Brand New Day, que se conecta diretamente com o novo MCU pós-Guerras Secretas. A estreia de Vingadores: Doomsday está marcada para 1º de maio de 2026. Vingadores: Guerras Secretas ainda não tem data confirmada, mas é esperado para 2027.
E depois disso?
Uma das grandes críticas recentes ao MCU é que ele perdeu o “fator evento”. Muitos fãs sentiram que acompanhar tudo — incluindo as séries — virou uma espécie de dever, e não mais diversão. Como diz o texto do ComicBook, assistir The Falcon and the Winter Soldier ou Invasão Secreta parecia mais com “fazer lição de casa” do que curtir uma história empolgante.
Ambos os filmes representam a tentativa da Marvel de corrigir o curso e reencontrar a emoção de antes. Se um novo universo surgir ao final, será a chance ideal de apresentar os X-Men de forma coesa, revitalizar os Vingadores com novos rostos e deixar que os veteranos descansem — sem depender da nostalgia o tempo todo.
A estratégia é conhecida dos quadrinhos: quando a numeração chega na edição #762 e o público se perde, a editora relança tudo com uma nova #1. Um novo time criativo, novos vilões, novos começos. A Marvel Studios está claramente apostando nesse espírito.
Mas e a alma da história?
Em meio a reboots, multiversos e nostalgia, vale lembrar: histórias boas ainda são sobre conflitos humanos. Seja qual for o novo MCU, os roteiristas precisam ter clareza sobre qual visão de mundo desejam defender — e qual visão desejam criticar. O antagonista carrega a ideia oposta ao herói, e é nesse embate que surge o coração da narrativa. A velha luta entre bem e mal continua, mesmo entre realidades alternativas.
Com Vingadores: Doomsday e Vingadores: Guerras Secretas, a Marvel tem uma chance única de recomeçar. A nostalgia pode atrair, mas só boas histórias vão manter o público por perto. Resta saber se o estúdio vai usar essa oportunidade para recuperar sua alma criativa — e não apenas para repetir velhas fórmulas.
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