Ainda Estou Aqui no OSCAR: O que esperar?

O cinema brasileiro celebra um momento histórico: “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, conquistou indicações inéditas no Oscar. Além de Melhor Filme Internacional, o longa brilha nas categorias de Melhor Atriz, com Fernanda Torres, e Melhor Filme, tornando-se o primeiro brasileiro a alcançar este feito. Em meio a competidores de peso, como “Emília Perez”, o filme reafirma a potência do cinema nacional no cenário global.

O impacto de “Ainda Estou Aqui” vai além das indicações. Segundo a crítica de cinema Isabela Boscov, o filme quebra barreiras ao colocar um título brasileiro entre os maiores do ano. “Entrar na lista de Melhor Filme é algo raríssimo para obras em língua não inglesa”, destaca ela. Apenas um seleto grupo de filmes internacionais, como “Parasita”, da Coreia do Sul, conseguiu vencer nessa categoria, abrindo caminho para produções globais.

Fernanda Torres, com uma atuação intensa e emocional, já havia sido premiada no Globo de Ouro como Melhor Atriz em Filme Dramático, derrotando concorrentes de peso como Angelina Jolie e Nicole Kidman. Essa vitória despertou o interesse de votantes da Academia e reforçou as chances de sua performance ser reconhecida no Oscar. “Ainda que as chances de levar Melhor Filme sejam pequenas, Melhor Atriz é uma possibilidade real”, comenta Boscov.

Embora “Emília Perez”, dirigido pelo francês Jacques Audiard, esteja liderando com 13 indicações, o favoritismo não é intransponível. Como Boscov aponta, o comitê de Melhor Filme Internacional pode optar por premiar “Ainda Estou Aqui” nesta categoria, diversificando os vencedores. Isso já aconteceu antes com “Parasita”, que levou ambas as estatuetas, mas a lógica pode se inverter este ano, favorecendo o Brasil na categoria internacional.

Além disso, as mudanças recentes na Academia, que dobrou o número de votantes e incluiu mais profissionais de fora dos Estados Unidos, têm ampliado a diversidade de escolhas. Esse novo olhar global beneficia produções como “Ainda Estou Aqui”, que mistura drama familiar e questões sociais de maneira universal, mas com a sensibilidade brasileira.

Independente dos resultados finais, “Ainda Estou Aqui” já garantiu sua vitória ao colocar o cinema brasileiro no centro das atenções. Essa visibilidade abre portas para futuras produções e eleva o prestígio do país na indústria cinematográfica. Walter Salles, que já dirigiu clássicos como “Central do Brasil”, entrega aqui mais uma obra-prima que consolida seu legado.

O filme conta com um elenco estrelado liderado por Fernanda Torres, além de Selton Mello e Antonio Saboia em papéis coadjuvantes marcantes e Fernanda Montenegro. Produzido pela Sony Pictures, “Ainda Estou Aqui” foi premiado com o Green Drop Award 2024 no Festival de Veneza, além de Melhor Roteiro (Murilo Hauser e Heitor Lorega) no mesmo evento. No Globo de Ouro, como mencionado, Fernanda Torres brilhou como Melhor Atriz Dramática.

Com todos esses triunfos, fica o convite: o que você achou das chances de “Ainda Estou Aqui” no Oscar? Compartilhe suas expectativas nos comentários e participe dessa conversa sobre o futuro do cinema brasileiro!

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