A música como diálogo interno em ‘Joker: Folie à Deux’

Em uma recente entrevista, o diretor de Joker: Folie à Deux compartilhou detalhes intrigantes sobre a utilização da música no filme. Diferente de um musical tradicional, onde as canções costumam servir como pausas narrativas ou momentos de destaque, a música em Joker: Folie à Deux desempenha um papel muito mais introspectivo. Aqui, a música é usada como uma forma de diálogo interno, revelando as camadas emocionais mais profundas dos personagens, especialmente as complexidades do protagonista.

A abordagem emocional é evidenciada pela decisão de gravar as performances musicais ao vivo. Joaquin Phoenix e Lady Gaga, ambos conhecidos por sua entrega intensa em papéis desafiadores, realizaram suas canções diretamente durante as filmagens. Essa escolha cria uma conexão visceral com o público, permitindo que cada nota cantada carregue o peso das emoções sentidas no momento. A crueza dessas performances ao vivo adiciona um nível de autenticidade raramente visto em filmes do gênero.

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“Queríamos que a música fosse uma extensão das emoções dos personagens, quase como se fosse seu diálogo interno”, comentou o diretor. “Gravar as performances ao vivo foi uma forma de capturar essa autenticidade, sem a interferência de gravações em estúdio ou correções posteriores. O resultado é algo cru, real, e profundamente emocional.”

Essa decisão de afastar-se do formato de musical tradicional é um reflexo do estilo único do filme, que mescla elementos de drama psicológico com um estudo de personagem profundo. A música não é apenas um pano de fundo ou um veículo de entretenimento; é uma parte intrínseca da narrativa, moldando e expressando as complexidades internas dos personagens de uma maneira que palavras sozinhas não poderiam.

De acordo com a entrevista, essa escolha artística foi essencial para manter a integridade emocional do filme e fornecer ao público uma experiência cinematográfica imersiva. Em Joker: Folie à Deux, a música transcende seu papel tradicional e se torna uma janela para a alma dos personagens, oferecendo uma nova forma de explorar a psique de Arthur Fleck e sua abordagem emocional em relação ao mundo ao seu redor.

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