A Estrutura de Três Atos e o filme ”Jocker” (2019)
A estrutura de três atos é uma das técnicas mais eficazes na criação de roteiros. Ela é simples de entender e poderosa para manter a audiência engajada. Vamos explorar como você pode usar essa estrutura para criar uma narrativa cativante, com exemplos do filme Coringa (2019) e dicas práticas.
O que é a Estrutura de Três Atos?
A estrutura de três atos divide a história em três partes principais:
- Ato 1: Introdução
- Ato 2: Desenvolvimento
- Ato 3: Conclusão
Cada ato desempenha um papel crucial na construção da narrativa.
Ato 1: Introdução
No primeiro ato, você apresenta os personagens, o cenário e o conflito central. É onde você prende a atenção do público, apresentando algo que os faça querer continuar acompanhando a história.
Dicas Práticas:
- Estabeleça o mundo: Mostre o ambiente onde a história se passa. Isso ajuda o público a se conectar com o contexto.
- Introduza o protagonista: Apresente quem é o personagem principal e o que ele deseja.
- Incidente Incitante: Algo acontece que muda o curso da vida do protagonista, forçando-o a tomar uma decisão e iniciando sua jornada.
Exemplo em Coringa: O primeiro ato nos apresenta Arthur Fleck, um homem solitário e perturbado que luta para se encaixar em uma sociedade que o rejeita. O incidente incitante ocorre quando ele é atacado por jovens na rua, começando a moldar sua transformação em Coringa.
Ato 2: Desenvolvimento
O segundo ato é o núcleo da história. É aqui que o conflito se desenvolve, as tensões aumentam e o protagonista enfrenta desafios crescentes.
Dicas Práticas:
- Desafios Crescentes: Coloque obstáculos no caminho do protagonista que o forcem a mudar.
- Subtramas: Introduza histórias secundárias que enriquecem a narrativa e se conectam ao conflito principal.
- Ponto de Virada: Perto do final do segundo ato, algo dramático acontece que muda o rumo da história, levando ao clímax.
Exemplo em Coringa: No segundo ato, Arthur enfrenta uma série de humilhações e desilusões que o empurram ainda mais para a beira da loucura. O ponto de virada ocorre quando ele mata três homens no metrô, o que desperta algo nele e começa a transformar sua identidade.
Ato 3: Conclusão
No terceiro ato, a história chega ao clímax e os conflitos são resolvidos. Este é o momento de dar ao público uma conclusão satisfatória.
Dicas Práticas:
- Clímax: A cena mais intensa da história, onde o protagonista enfrenta o maior desafio.
- Resolução: Resolva as subtramas e mostre as consequências das escolhas do protagonista.
- Fechamento: Dê ao público uma sensação de conclusão, seja com um final feliz, trágico ou aberto.
Exemplo em Coringa: O clímax de Coringa acontece quando Arthur assume totalmente sua nova identidade, participando de um talk show e causando caos em Gotham. O terceiro ato se conclui com Arthur sendo aclamado como um símbolo de rebelião, fechando a história de sua transformação de homem comum em vilão icônico.
A estrutura de três atos é poderosa porque guia o público em uma jornada emocional. Cada ato desempenha um papel específico para manter a narrativa envolvente e direcionada. Ao dominar essa estrutura, você poderá criar histórias que cativam e impactam. Então, futuro roteirista ou esctitora, assista a filmes, leia roteiros e observe como a estrutura de três atos é aplicada. Com o tempo, ela se tornará uma ferramenta natural na sua escrita, ajudando você a construir histórias que ressoam com a audiência.